sobre Hospitais, Clínicas e Planos de Saúde no Brasil

Você cuida bem da sua saúde? Com que frequência você vai a clínicas para fazer um check-up dentário, avaliar a saúde do coração ou visitar um dermatologista para saber como anda a sua pele? 

Sistema Único de Saúde (SUS) e Classificações de Emergência em Clínicas de Upas

O Que é o SUS?

Sofrer um acidente ou passar por uma adversidade não esperada em relação a saúde pode ser algo difícil de lidar, principalmente quando você não tem um plano de saúde privado. No Brasil, temos acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo assim que todo Brasileiro tenha acesso a um plano de saúde gratuito, no entanto será que o SUS vale a pena ou será que é melhor partir para um Planos de Saúde no Brasil privado antes que algo pior aconteça?

Apesar de muitos reclamarem da qualidade e das longas filas do SUS, sem essa opção muitos brasileiros não teriam como pagar um plano de saúde privado e, dessa forma não teriam o mínimo acesso a uma saúde de qualidade.

Além disso, o atendimento em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) cresceu em todo o Brasil, se tornando um dos principais acessos a um atendimento de emergência, e lá, o atendimento é feito apenas com o seu cartão do SUS, ou seja, você recebe um atendimento de emergência, de qualidade e gratuito.

Um dos maiores problemas citados em relação ao SUS é que boa parte do que consideramos como emergência não é considerado como uma emergência pelo SUS. Além disso, como é um plano gratuito, as filas são enormes e o atendimento muitas vezes pode levar horas caso você receba a fita verde.

 

Classificações de Emergência pelas Unidades de Pronto Atendimento, Clínicas e Hospitais

Ao chegar em uma UPA a primeira coisa que farão é lhe passar por um sistema de Triagem, você irá para uma sala com uma enfermeira que irá avaliar a sua pressão, a sua respiração, o seu nível de consciência e, em geral, a gravidade do seu estado.

Ela portanto é quem irá determinar a emergência do seu atendimento, e quanto mais baixa essa emergência, menor a pressa que terão em lhe atender, fazendo com que você passe mais tempo nas filas de atendimento de emergência.

Claro, cada Hospital pode ter a sua própria maneira de atender, como por exemplo por ordem de chegada, assim como em clínicas. Mas a maioria dos hospitais e clínicas que oferecem atendimento de emergência utilizam o sistema de classificação de emergência Brasileiro, e por isso você deverá passar por ele.

É bom ter em mente que dor não significa emergência gravíssima. Mesmo se você estiver sentindo muita dor, e até mesmo vomitando, isso não significa que você será classificado como emergência máxima, geralmente para ter a classificação máxima, você deverá estar até mesmo em estado de inconsciência. Veja abaixo a classificação de emergência:

Emergência – Caso Gravíssimo

Em caso de uma emergência gravíssima, após passar pela triagem você receberá uma fita vermelha no pulso, o caso gravíssimo está definido como: “Caso gravíssimo, com necessidade de atendimento imediato e risco de morte”.

Emergência – Muito Urgente

No caso de muita urgência você receberá uma fita laranja no pulso após passar pela triagem, a definição de muito urgente é: “Caso grave e risco significativo de evoluir para morte. Atendimento urgente”.

Emergência – Urgente

Em caso de apenas urgência, ao passar pela triagem você receberá uma fita amarela no pulso, a definição de urgente é a seguinte: “Caso de necessidade moderada, necessidade de atendimento médico, sem risco imediato”.

Emergência – Pouco Urgente

Em caso de pouca urgência, ao passar pela triagem você receberá uma fita verde no pulso, essa é a emergência “mais leve”, a qual não leva muitos riscos ao paciente. A definição de pouca urgência é “Caso para atendimento preferencial nas unidades de atenção básica”.

Não Urgente

Caso não haja urgência no seu atendimento, você deverá se dirigir para a unidade de saúde mais próxima da sua residência, o atendimento será por ordem de chegada e, claramente, você deverá ter consciência de que não há urgência neste atendimento. Se você se dirigir a uma UPA sendo que o seu caso não é de emergência, você receberá a fita azul, e o seu atendimento será o menos priorizado dentre os outros pacientes.

Para estes casos de não urgência as queixas mais comuns são de resfriados, dor de garganta, ferimentos que não requerem fechamentos, entre outros…

 

Qual a diferença entre Hospital, Clínicas, UBS, e UPA?

UBS – Unidades Básicas de Saúde

O que são UBS?

A UBS (Unidade Básica de Saúde) é o primeiro contato do cidadão com o SUS, que deve ser acionado para casos de marcação de consultas, agendamento, ou até mesmo para consultas não agendadas para casos menos graves, como sintomas de uma dor de cabeça, resfriado, dor de garganta.


Basicamente a UBS se enquadra na classificação de emergência como Não Urgente  e pacientes que buscam a UBS não estão com problemas graves de saúde, apenas precisam de uma consulta para tratar de algum problema não grave.

Unidades Básicas de Saúde

Essa unidade não possui pronto-socorro e em caso de emergências o paciente será encaminhado para a UPA ou Hospital mais próximo. O horário de funcionamento das UBS é geralmente no horário comercial, ou seja, não funciona 24 horas e você terá que esperar na fila por ordem de chegada.

Na UBS, faz-se de tudo para que o paciente não precise procurar o hospital, sendo assim lá se faz até mesmo a prescrição de medicamentos e espera-se que os pacientes que cheguem lá voltem sempre pra casa no mesmo dia.

Entre os serviços prestados pelas Unidades Básicas de Saúde estão vacinas, trocas de curativo, injeções, atendimento médico, odontológico e de enfermagem. Todas UBS contam com pediatria, ginecologia obstetrícia e clínica médica. O pré-natal de gestantes de baixo risco também é feito nestas unidades.Existem testes rápidos de HIV, Hepatite e Sífilis.

Em todo Brasil já são 41.688 unidades básicas de saúde

Quando Procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS)?
  • Retirada de preservativos;
  • Realização de vacinas e curativos;
  • Cuidados preventivos do câncer do colo do útero e mama;
  • Bebês chorando sem razão aparente ou com comportamento diferente do habitual;
  • Febre abaixo dos 39º;
  • Acompanhamento de condições frequentes como obesidade, gestação, hipertensão diabetes, sintomas de resfriados gripes e dores;
  • Diarréia, vômito, problemas na alimentação e evacuação, dificuldades para respirar, evacuação, convulsões ou movimentos anormais.

 

Caso o paciente vá até uma unidade que não tenha o serviço de atendimento adequado para a sua condição ele será encaminhado para outro tipo de serviço do sus.

Emergência na UPA – Unidade de Pronto Atendimento

As Unidades de Pronto Atendimento fazem parte do plano de Nacional de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde, diferentemente das UBS, as UPAs funcionam 24 horas, e têm o propósito principal de descongestionar os Hospitais atendendo a casos de menor gravidade. A estrutura da UPA é mais bem desenvolvida do que na atenção primária, podendo fornecer cuidados para casos de maior gravidade.

O paciente não faz agendamento na UPA, para ser atendido basta ir à UPA e informar qual o motivo de ter procurado a unidade, então o paciente passará por uma triagem onde será feita a sua classificação de risco, na triagem a enfermeira ou técnica irá medir a pressão, frequência cardíaca, e nível de consciência.

Emergência na UPA

Pacientes que chegam nas UPAs levados por bombeiros ou pelo SAMU vão direto para o atendimento médico, não passando pela parte da triagem por já estarem em estado considerado de emergência.

A UPA tenta tirar o paciente do risco e estabilizar o quadro, e caso exista a necessidade do paciente ser internado, a UPA tenta oferecer as condições corretas para que o paciente possa ser locomovido nas devidas condições de saúde.

Quando o paciente não é caso de UPA, durante a triagem ele receberá a fita azul, como mencionado acima na parte de classificações de risco de emergência.

Nas UPAs os pacientes ficam em observação por tempo determinado de 24 horas, caso o paciente precise de maiores cuidados ou de uma internação prolongada, o mesmo poderá ser encaminhado até o hospital.

Exames simples como Raio X, Eletrocardiograma e exames laboratoriais podem ser feitos na UPA, aumentando as chances de os problemas do paciente poderem ser resolvidos na própria UPA, evitando assim a necessidade de levá-lo ao Hospital.

Quando procurar uma UPA?
  • Para atendimentos de Urgência e Emergência em clínica médica;
  • Casos de pressão e febre alta;
  • Casos de fratura e cortes;
  • Exames de Raio X, Eletrocardiograma e Laboratoriais;
  • Casos de Infarto e Derrame.

Emergência no Hospital

Hospitais são reservados para cirurgias, para exames mais elaborados, exames laboratoriais, de imagem, coisas que não são fornecidas por unidades básicas, no caso de haver necessidade de uma maior investigação sobre o caso para que ele seja apurado, o paciente deve obrigatoriamente procurar o Hospital.

Emergencia no Hospitais

Nos hospitais também existe a triagem, onde será determinada a classificação de risco do paciente. Primeiramente o paciente será atendido por um enfermeiro que irá aferir sinais vitais e coletar informações gerais sobre o paciente, como altura, peso, alergias, entre outras possíveis condições, antes de ser encaminhado de acordo com as condições para o atendimento médico.

 

Qualquer paciente atendido se precisar de internação, será encaminhado para a enfermaria, onde ficará o quanto for necessário.

Serviços Exclusivos em um Hospital
  • UTI;
  • Ambulatório especializado;
  • Acompanhamento  cirúrgico;
  • Centro Cirúrgico;
  • Maternidade.

No Brasil são mais de 6624 unidades hospitalares.

Quando se deve procurar um Hospital?
  • Você deve procurar um hospital em casos de:
  • Urgência e Emergência;
  • Hemorragias e Fortes Traumas.
  • Para tratamentos médicos de média e alta complexidade de acordo com as especialidades;
  • Exames complexos que não são feitos em UPAs e UBS;
  • Parto Normal ou Cesárea;
  • Consultas ambulatoriais com especialistas;
  • Cirurgias e Transplantes;
  • Acompanhamento médico pós-cirúrgico.

 


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